quinta-feira, 24 de março de 2011

E muda?


Um dia me vi perdida em pensamentos, sem saber ao certo o que levar comigo em minha viagem. Tinha muitas coisas, umas leves, outras nem tanto. Umas enormes e outras miudinhas. Mas eram todas essenciais, pelo menos para mim. Levei. É verdade que pesou bastante, mas mesmo assim considerei cada detalhe porque me faria falta. O tempo foi passando, algumas coisas foram se perdendo no caminho. Seria o desgaste dos dias que faziam aquelas lembranças, que pareciam tão firmes, se desfazerem? Coloquei uma fita adesiva ali, outra acolá. Usei silver tape e até super bonder. Mas nada adiantava. Grande parte do que trouxera comigo estava quase acabado e o mais interessante é que não estava sentindo essa falta toda. Algumas coisas nunca revivi. Apenas trouxe e as deixei entulhadas em algumas gavetas – hoje acho que era só para ocupar espaço mesmo. Eu com essa mania de não querer deixar nada para trás.
Com tudo isso acontecendo, percebi ainda que tinham algumas coisas com pouquíssimas mudanças. Quase perfeitas, quase novas e em locais que, com certeza, danificariam, por exemplo, as outras coisas que estavam mais bem guardadas. Por quê?
A resposta, na verdade está dentro da gente. E cada um tem a sua resposta especial. Que façamos muitas viagens. Físicas e espirituais. E que o que tiver de durar... Com certeza vai durar!
Assim são as lembranças. Assim são nossas verdades. E assim nos fazemos.
Jandi Barreto

sábado, 12 de março de 2011

TEZ


Grandes mudanças anunciadas pelos longos cabelos negros do vento. Em sua tez surgem as possibilidades trazidas para quem quer acreditar no percurso. E ir adiante sem medo do inconstante, em busca da certeza de que chegará... Em algum lugar.
Jandi Barreto